quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nosso tempo

Deixe de lado essa vida tão banal
não fique plantada,
não fique assim...
Como quem espera trem na estação central
parada como um manequim
O que é bom pra tosse eu já descobri
um gole de rum ou de gim
Não perca seu tempo regando plantas
no jardim
O tempo é curto, mas não espere por mim

As tuas horas são o reverso do meu tempo
eu desperdiço lendo livros chatos
E você fazendo cenas
como se fosse o último ato.
Agora são cinzas, do acaso
agora são veias que explodem
são os nossos rastros

O tempo se esgota, uma transformação
na nossa falta, um ato-falho.
eu engulo, eu engasgo,
eu rasgo, eu amasso.
meu corpo contrai
finalmente eu descanço
e o tempo se esvai.

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