segunda-feira, 17 de maio de 2010

SAUDADE

A porta aberta me faz ver coisas sem querer
A minha cara nua e crua
As lembranças são como folhas rasgadas
No meu diário de verdades
Nesse caminho só se passa uma vez
Os passos que eu dou não voltam atrás
A lágrima é como a fenda cortada de uma só vez

Teu perfume forte no meu casaco,
As marcas do teu beijo,
Ou o barulho do teu salto alto
São facas cortando meu peito
Às vezes eu só desejo

A saudade me consome insone
Nem mesmo que eu durma, sonhe...
Não se rompe, não some.
Aquela dura lembrança
Só peço que ela me abandone

A porta aberta me faz ver coisas sem querer
Aparece na hora errada
Deixo a novela, eu desligo a tv
Te falo palavras ingratas, vivo a te humilhar
Minhas injúrias são nada
Peço sossego, quero descansar

A saudade me consome, esse ser insolente
Nem mesmo que eu durma agarrando a tua blusa
Eu acordo depressivo, insuportavelmente
Parecendo menos gente.
Ela é a saudade me matando lentamente.

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