segunda-feira, 17 de maio de 2010

IMPUNEMENTE

Impunemente eu desejei sorrir para o diabo

E acender uma vela para os santos

Impunemente eu busquei pelas gavetas

Uma chave para as palavras do coração

Eu desci o degrau da insatisfação

Eu deixei meus modos, cheguei ao fundo,

Dormi numa escuridão

Eu rasguei as roupas e guardei os botões

Eu brinquei com os fatos, eu morri

Impunemente eu joguei minhas ações

Para você eu escrevi tantas canções

Impunemente a tua alma insolente machucou meu coração

Impunemente eu atei os pontos, tentei reaver

Mas tua ação é mais forte que a força dessa oração

E mesmo impunemente eu rasguei o véu

Eu arranquei um pedaço do céu

Deixaste-me de lado e o que sobrou foi o anel

Nenhum comentário: